"O Menino que Brincava de Ser" faz curta temporada no Teatro Cândido Mendes no Rio
Criação da Pandorga Companhia de Teatro, a peça fala sobre questões atuais como o respeito à diversidade e o direito à livre expressão.
Dudu é uma criança que adora brincar de faz de conta com seus amigos. A possibilidade de ser um novo personagem encanta o menino. No entanto, aos olhos da família e da escola nem sempre suas fantasias são bem vistas. De maneira lúdica e bem-humorada, “O menino que brincava de ser” apresenta questões atuais presentes no universo familiar e escolar das crianças: o respeito à diversidade, o direito à liberdade de expressão, o bullying e o questionamento de limites e padrões socialmente impostos. Com direção de Cleiton Echeveste, a peça está em circulação desde a sua estreia, em 2007, sendo que a última temporada na cidade foi há três anos. O espetáculo está de volta ao Rio a partir do dia 03 de outubro, aos sábados e domingos, às 17h, no Teatro Cândido Mendes.
Inspirado no livro homônimo de Georgina Martins, a montagem conta a história de três crianças durante o ensaio de um espetáculo de teatro que apresentarão no auditório da escola. O texto escolhido é “O menino que brincava de ser”. Dudu é uma criança saudável que gosta de brincar de ser vários personagens – magos, bruxas, heróis ou heroínas – e sofre com piadas na escola. O pai e a avó paterna consideram o comportamento do filho anormal e buscam ajuda de um médico. A orientação? Respeitar a fase da vida.
Com o olhar compreensivo e afetuoso da avó materna, o menino encontre uma solução para o conflito. Ao assistir pela primeira vez uma peça de teatro, descobre na arte a saída para seu desejo viver diferentes personagens e histórias. Qual é o papel da escola e da família nas descobertas da infância? A imposição de padrões sociais é o melhor caminho? Meninos só brincam de bola e meninas só brincam de bonecas? Estas questões e seus desdobramentos levam o público, especialmente os pais, à reflexão sobre educação e liberdade de expressão.
“Aprendemos na prática que esta peça é para crianças e adultos”, destaca Cleiton Echeveste, diretor da montagem. “Se a princípio parecia uma ousadia falar sobre liberdade e respeito à diversidade para os pequenos, em tempos de afronta a direitos civis básicos não é menos angustiante pensar que esses temas precisam, mais do que nunca, estar em pauta no teatro, na literatura e nas artes em geral”, conclui.
SOBRE A TRAJETÓRIA DE “O MENINO QUE BRINCAVA DE SER”
A peça estreou em junho de 2007 no Teatro Maria Clara Machado e permanece em circulação desde então, tendo feito temporadas de sucesso em teatros do Rio de Janeiro e Niterói. Foi apresentada em mais de dez cidades do estado do Rio dentro da 8ª Mostra SESC CBTIJ de Teatro para Crianças e do projeto-piloto Circuito SESI CBTIJ de Teatro para Crianças. Participou da 2ª Mostra Brasil Telecom de Teatro para Crianças, em Brasília e do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana – Fórum das Artes 2009.
Por sua qualidade artística e pela relevância dos temas que aborda, a peça recebeu a chancela de Espetáculo Recomendado pelo Centro de Pesquisa e Estudo do Teatro Infantil – CEPETIN (www.cepetin.com.br). Em suas temporadas no Centro Cultural Justiça Federal (2009) e no Galpão Gamboa (2012), o espetáculo foi apontado pela revista Veja Rio como um dos cinco melhores espetáculos infantis em cartaz no Rio.
Em março de 2010, o espetáculo atingiu a marca de cem apresentações durante o Circuito SESI CBTIJ de Teatro para Crianças. Em novembro de 2013, foi o único espetáculo infantojuvenil a integrar a programação teatral do 21º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, em São Paulo.
FICHA TÉCNICA:
“O MENINO QUE BRINCAVA DE SER”