A ÁRVORE QUE FUGIU DO QUINTAL CHEGA AO TEATRO MUNICIPAL CARLOS GOMES NO RIO
Idealizada por Zé Helou, que também assina a direção, a montagem é uma adaptação musical do livro homônimo de Alvaro Ottoni de Menezes.
Havia um tempo em que as casas tinham quintais com árvores rodeadas por crianças. Na casa do Joãozinho não era diferente, até seu pai vender o imóvel para um homem ganancioso que queria construir um grande edifício ali. Assim começa a história do musical infantil A árvore que fugiu do quintal. Assinado por Ricardo Hofsetter, a partir do livro homônimo de Alvaro Ottoni de Menezes, o texto ganhou nova montagem idealizada e dirigida por Zé Helou. O musical chega ao Teatro Municipal Carlos Gomes no dia 17 de setembro para curta temporada, aos sábados e domingos, às 15h, até 9 de outubro. Os ingressos custam R$20.
Para escapar da morte, a Árvore (Ester Freitas) resolve fugir do quintal. Com a ajuda de Joãozinho (Lucas Drummond) e seus amigos, ela arranca suas raízes do chão, aprende a andar e segue em busca de um lugar bonito, onde as pessoas ainda gostem da natureza. No caminho, encontra diversos personagens que tentam ajudá-la, entre eles: o Pássaro (Mariah Viamonte) deixou de ser colorido porque foi eletrocutado em um fio de alta-tensão, a Chapeuzinho Vermelho (Elisa Ottoni), que ficou triste e cinza por causa da poluição, o Peixe Fora D´água fugiu da sujeira do mar para viver na cidade e o Jardineiro (ambos interpretados por Kiko do Valle) resolve acompanhá-la na aventura.
Escrito por Alvaro Ottoni de Menezes, o livro A árvore que fugiu do quintal foi lançado em 1981 e nove anos depois foi adaptado para o teatro por Ricardo Hofstetter. A primeira montagem, com direção de Isaac Bernat, foi apresentada em teatros e escolas e participou da Rio 92 – II Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, realizada em 1992, no Rio de Janeiro. A peça foi encenada no aterro do Flamengo para milhares de pessoas.
O espetáculo aborda um assunto de extrema importância: a preservação do meio ambiente. Em cena, os atores cantam ao vivo sete canções criadas por Vinícius Castro. O cenário e os figurinos são de Clívia Cohen. E a iluminação de Rogério Wiltgen. De forma lúdica, o espetáculo não se limita a falar da preservação nas florestas, e sim ampliar a reflexão sobre o respeito e cuidado com a natureza ao redor, especialmente nos grandes centros. A trajetória da Árvore, os encontros com os personagens e as músicas e a atmosfera convidam o público, crianças e adultos, a embarcar no mundo mágico da natureza e torcer por sua vitória.
Após 21 anos, o tema do espetáculo é ainda mais atual e pertinente. Embora a preservação ambiental seja uma questão conhecida por muitos, ainda é necessário educar as crianças para que sejam adultos conscientes. A ideia de remontar a peça foi do diretor Zé Helou. “Assisti à peça diversas vezes quando tinha nove anos e ainda lembro das músicas”, conta o diretor, que aos 35 anos realiza o sonho de contar novamente esta história. “Passaram 35 anos desde o lançamento do livro e 26 da estreia da primeira montagem. Apesar de tanto tempo, é um tema ainda tão atual, infelizmente”, destaca Helou.
Sobre o livro
Alvaro Ottoni de Menezes recebeu o prêmio de melhor autor estrangeiro na Bulgária, concedido pela Fundação Barlgarsky Houdjonik. Foi considerado como a maior campanha ecológica já dedicada ao público infantojuvenil. Quando lançado, em 1981, a crítica especializada demonstrou certo estranhamento pelo tema: “ecologia para crianças, como?”. De fato naquela época o termo ecologia era novo, vinha de história natural, e ecologia ainda era encarada como “oba, oba”, um resquício do movimento hippie. Pois bem, o livro fez um estrondoso sucesso, divulgado amplamente pela Rede Globo, através do programa Globinho e adotado por inúmeras escolas de todo o país. E assim despertou a preocupação ambiental em milhares de crianças e conheceu o palco, aonde também fez muito sucesso.
FICHA TÉCNICA
Texto de Ricardo Hofstetter (adaptação do livro homônimo de Álvaro Ottoni de Menezes)
Direção: Zé Helou
Elenco:
Ester Freitas – Árvore
Kiko do Valle – Criança 1 / Peixe / Jardineiro
Lucas Drummond – Joãozinho/ Intelectual/ João Grande
Elisa Ottoni – Pai de João/ Chapeuzinho/ Marina
Mariah Viamonte – Criança 2/ pássaro/ Potira/ lenhador 3
Jefferson Almeida – Serjão/ Caçador/ lenhador 1
Jeff Fernandéz – Bolão criança/ lenhador 2/ Bolão adulto
Letra e músicas: Vinícius Castro
Direção musical, arranjos e preparação vocal: Alexandre Queiroz
Cenário e figurinos: Clivia Cohen
Iluminação: Rogério Wiltgen
Direção de Movimento e Coreografias: Fabiana Valor
Assistente de direção: Jefferson Almeida
Diretor de palco: Anderson Aragón
Programação Visual: Andrea Batitucci
Assessoria de imprensa: Bianca Senna
Assistente de produção e mídias sociais: Luiza Toré
Produção executiva: Juliana Cabral
Direção de produção: Amanda Menezes
Coordenação de produção: Maria Angela Menezes
Produção: TEMA EVENTOS CULTURAIS
Idealização e Direção Geral: Zé Helou
SERVIÇO
Espetáculo: A árvore que fugiu do quintal
Temporada: 17 de setembro a 9 de outubro de 2016
Local: Teatro Municipal Carlos Gomes.
Endereço: Praça Tiradentes s/n – Centro.
Informações: (21) 2224-3602.
Dias e horários: sábado e domingo, às 15h
Capacidade: 685 lugares
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: Livre
Recomendação etária: 3 anos
Gênero: Infantil
Ingressos: R$ 20 (inteira) R$ 10 (meia)
Horário da bilheteria: de quarta a domingo de 14h às 18h